terça-feira, 15 de maio de 2012

Presidente da AACF conversa com Odilon Esteves sobre peça baseada em conto de CaioF


Em 2007 a Compania Luna Lunera (MG) estreou o espetáculo Aqueles dois, baseado em conto do escritor Caio Fernando Abreu. Desde então, o grupo se apresentou em cidades de Minas Gerais, Maranhão, Ceará, Rio Grane do Norte, Bahia, Paraná, Pernambuco, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, São Paulo, Santa Catarina, Acre e Rio de Janeiro. Por onde passam, é sucesso garantido.

A Presidente da AACF, Liana Farias, teve o prazer de assisti-lo, enquanto o espetáculo estava na capital, alguns anos atrás, e dele ela teve as melhores impressões. Segundo Liana, Aqueles dois é um dos espetáculos mais bonitos já assistidos por ela. “É impressionante a fidelidade com que os quatro rapazes interpretam o conto e universo do Caio Fernando Abreu”, explica.

Em conversa com Odilon Esteves, um dos atores da peça, ela tratou sobre a direção do espetáculo e, agora, vem aqui dividir uma das falas do artista cênico com vocês:


Luna Lunera - AQUELES DOIS - (3) Foto Gustávo Jácome



“Em 2007 trabalhávamos com oficinas de Contato Improvisação e Ações Vocais e fomos procurar um texto para aplicar nas práticas. O ator Cláudio Dias, então, sugeriu Caio, que utilizássemos alguns contos dele. Alguns. Mas quando lemos "Aqueles Dois", houve um “apaixonamento” coletivo. Elegemos o conto. Ou o conto que nos elegeu.

As imagens que iam surgindo durante os encontros de treinamento mexiam tanto com a gente que deixamos de lado as oficinas de Contato Improvisação e Ações Vocais, para experimentarmos um exercício interno de tentar dirigir e adaptar o conto. Não tínhamos, como eu disse, a pretensão de fazermos uma peça. Era pra ser um exercício. Éramos quatro atores. As meninas do grupo não podiam participar daqueles encontros porque tinham outros compromissos. Saímos de férias com a missão de, cada um, preparar um projeto de direção pro conto. Cada um teria uma semana para dirigir os demais. E ao final das quatro semanas elegeríamos um de nós como diretor.

Só que os quatro projetos de direção eram completamente diferentes um do outro. E em todas as semanas surgiram imagens instigantes nas improvisações. A proposta de um foi influenciando a proposta do outro. E ao final das quatro semanas vimos que não elegeríamos um único diretor, mas sim seguiríamos com um processo de direção e dramaturgia compartilhadas”.



Aqueles Dois Foto: Shirley Fraguas



Pêmios
21º Prêmio Shell de teatro de SP (2009) - Melhor iluminação. 

5º Prêmio Usiminas-Sinparc - Melhor Espetáculo, Melhor Direção (Cláudio Dias, José Walter Albinati, Marcelo Souza e Silva, Odilon Esteves e Rômulo Braga) e Melhor Ator (Rômulo Braga)
13º Prêmio Sesc-Sated - Melhor Espetáculo, Melhor Direção (Cláudio Dias, José Walter Albinati, Marcelo Souza e Silva, Odilon Esteves e Rômulo Braga).




AGENDA 2012

Rio de Janeiro/RJ Outubro (Caixa Cultural).



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