Caio Fernando Abreu durante sua curta mas intensa vida produziu muito: livros, cartas, artigos jornalísticos, teatro,mas produziu principalmente memórias. Os que tiveram a sorte de conhecê-lo sabem que ele era transparente e misterioso ao mesmo tempo, anjo e demônio, carente e generoso, altivo e tímido, do mundo e da família.
Tinha uma relação ambígua com Porto Alegre, quando estava aqui queria ir embora, mas quando estava fora o que mais queria era voltar.
Foi isso exatamente o que fez, partiu daqui para o mundo, como um Dom Quixote a enfrentar os seus moinhos e para cá voltou para enfrentar o seu destino. Mas o que ele mais queria, conseguiu: ser feliz e jogar um pouco de luz sobre a alma humana através de suas palavras.
Esta mostra pretende trazer um pouquinho desta energia para perto de seus leitores, fãs, amigos e admiradores de sua obra e figura. Não se trata aqui do seu acervo total, este se encontra na PUC, no Espaço Delfos, o qual nos cedeu gentilmente alguns itens.
São fotos, objetos pessoais (por exemplo, as Frangas do seu livro infantil), livros de sua autoria e também de sua biblioteca pessoal, alguns troféus, convites para lançamentos de livros e espetáculos teatrais, enfim, doces memórias que não trazem tristeza, mas sim saudades.
(Irmã)
Sábias palavras!Parabéns!
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